Troco 10 funcionários competentes por 1 comprometido

Muita gente estranha essa minha frase usada em inúmeras palestras e formações em coaching que tenho realizado em todo o Brasil, a impressão que passa é a de que estou desqualificando as competências ou menosprezando a sua importância. Calma, não é nada disso!

O que ocorre é que em muitas situações, óbvio que não são em todas, quando você mais precisa de alguém, nem sempre é com os “competentes” que você pode contar, mas com aquele que, embora não tenha tanta qualificação técnica, mas é esforçado, dá o sangue para realizar algo e muitas vezes o concretiza, e o que é mais interessante, é que não se trata somente de uma qualificação técnica, mas um algo a mais que vem “no pacote”, que é você.

Sei que já abordei em outros artigos a questão das competências, mas vamos entender aqui de novo, de que se trata para melhor compreensão: Competência é um conjunto de conhecimentos e habilidades desenvolvidas para o exercício de uma determinada função ou cargo.

O comprometido, como o próprio termo sugere, “como o prometido”, pressupõe: dedicação, empenho, vontade de realizar, assume riscos e arca com as responsabilidades, é persistente, perseverante, dedicado e disciplinado, por conta dessas qualidades, se ele não sabe fazer algo, ele se propõe a aprender e o faz. Lógico que nem sempre vai sair com a primazia de um profissional realmente competente para realizar tal atividade, mas vai funcionar.

Portanto, soma-se a esse conjunto de conhecimentos e habilidades que definem competência e esses adjetivos referentes a comprometimento, as atitudes, que, na minha concepção, é onde se encontra o grande diferencial entre um e outro, afinal, não basta saber que algo deve, simplesmente ser feito, ele deve ir lá e fazer, aí se torna claramente perceptível, pois basta olhar ao redor a reação dos profissionais diante de um problema, alguns simplesmente ignoram ou cruzam os braços, outros ficam atônitos, outros perdidos e, certamente, apenas uma pequena minoria procura realmente fazer alguma coisa. Essa é a interseção do profissional diferenciado, pois ele reúne: Habilidade, conhecimento, atitude, valores e talvez, o mais importante, engajamento.

Esse profissional é o grande sonho de consumo atualmente das empresas que querem se manter competitivas no mercado, chegamos a um ponto onde competência só não basta, pois muitos, repito, não acontece em todos os casos, se escondem por trás de um currículo de graduação, bradando em alto e bom som argumentos que este que vos escreve já ouviu inúmeras vezes: “Eu tenho um curso superior, não estudei tanto pra ganhar só isso” então você delega uma atividade dentro da sua área de formação e o sujeito não sabe nem de que se trata e por conseguinte, não sabe nem por onde começar. Há ainda aqueles chamados “safos arrogantes”, o discurso deles é o seguinte: “Eu sei tudo isso que você tá falando sobre qualidade total, estudei isso e lhe afirmo, isso é bonito na teoria, mas não funciona na prática”, aí você vai lá e faz acontecer, então ele muda o discurso: “Ah! Também, só está acontecendo por que você é o dono…”, ou seja, são muito habilidosos quando se trata de arrumar argumentos e desculpas para não ter feito algo.

Mas talvez, o pior de todos, é aquele para o qual você paga um valor teoricamente justo, se o resultado vier na mesma proporção, mas quando o resultado não aparece e as falhas na operação deste profissional se tornam evidentes resultando numa queda acentuada de rendimento impactando negativamente nos demais setores e ele afirma: “… mas com isso que eu recebo, não consigo cobrir tal operação…”. Meu caro, acredite, se você é desses, você está na UTI-MP (Unidade de Terapia Intensiva do Mercado Profissional) respirando somente pelo tubo de oxigênio.

Hei, acorde! Você se comprometeu a entregar algo? Dê a sua vida, mas entregue ou não assuma tal compromisso, é muito mais digno e, entenda de uma vez por todas que, toda vez que o seu argumento para justificar a sua incompetência girar em torno da questão: Grana! Saiba que sempre vai ser pouco para quem recebe, mas uma fortuna para quem paga. Portanto, preocupe-se verdadeiramente com a entrega, seja você, funcionário, colaborador, profissional liberal, prestador de serviço ou de qualquer outra ordem.

Por fim, acredito que reunindo aquilo que você já sabe fazer bem, com uma boa dose de humildade e interesse para aprender cada vez mais, focado no seu aprimoramento constante, misturado com a sua lealdade, respeito, comprometimento, determinação, coragem para assumir riscos, valores éticos sólidos, disciplina e ousadia, senso de urgência, associado a um entusiasmo contagiante e engajado nas causas da empresa, certamente, num curto espaço de tempo, você será um profissional reconhecido, valorizado e cobiçado por várias empresas. Isso é o que desejo a todos que se dedicaram a ler esse artigo até aqui!

Se você tiver alguma dúvida ou quiser saber mais sobre esse e outros assuntos e quiser vê-los respondidos por aqui, mande um e-mail para: fale@cibracoaching.com.br.

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