5Cs da sobrevivência no trabalho em equipe
“Ninguém é uma ilha em torno de si mesmo”, como diria John Donne, todos fazemos parte de um conjunto mais amplo por estarmos vivos, em movimento e em constante interação social, o que nos leva a profundas transformações na nossa forma de ser, de pensar, de sentir e de agir diariamente, desde que estejamos abertos para absorver o novo e com coragem para mudar o que for necessário.
Desse modo, as interações sociais, sobretudo com as diferenças, são fundamentais para o nosso crescimento e amadurecimento pessoal e profissional, é o que acontece em todo trabalho em equipe, onde as pessoas, via de regra, são diferentes entre si e quando isso não é bem administrado, o que poderia servir para o crescimento de ambos pode se tornar uma verdadeira “ogiva nuclear” pronta para ser detonada a qualquer momento, por isso, destaco aqui pelo menos cinco desafios a serem, individualmente, superados para se trabalhar bem em equipe.
1- Cautela: Esse é um grande desafio, já que envolve um cuidado não apenas em relação à execução do trabalho (uma vez que o seu resultado impacta diretamente no trabalho de outro membro e consequentemente, outros departamentos ou setores é, no mínimo, uma questão de responsabilidade), mas também no trato com as pessoas, que, por serem diferentes gostam de ser tratadas de forma exclusiva e particular, portanto, é necessário fazer uma leitura comportamental dos membros da equipe e ajustar-se a cada pessoa a fim de manter a motivação, isso não quer dizer que você tenha que modificar a sua personalidade a cada interação, mas é no mínimo uma forma de respeito e atenção dedicada ao outro.
Importante também emitir a sua opinião sempre que sentir necessidade, no entanto, é fundamental ter cuidado redobrado com as palavras, tom de voz, postura e sugiro que evite dar uma conotação de reclamação às críticas, mas incrementar sugestões para correção/melhoria de um processo ou fluxo de trabalho. Isso não quer dizer que suas sugestões sejam sempre acatadas, mas certamente, a direção levará em consideração todos os aspectos e lhe colocará em evidência quando se tratar de alguma mudança substancial na equipe, como uma possível promoção, por exemplo.
2- Confiança: É fundamental quando se trata da sua força interior e da autoconfiança na própria capacidade de realizar algo, bem como contribui para o entusiasmo da equipe ao manifestar esperança, fé e vibração a cada conquista, isso garante maior segurança e credibilidade, no entanto, essa autoconfiança em nenhum momento pode ser confundida com autossuficiência, arrogância e prepotência, a pior coisa que pode acontecer em um trabalho em equipe é querer estar sempre em evidência, desmerecendo o trabalho dos demais que são tão importantes quanto o seu, por isso é uma equipe, do contrário seria apenas um grupo social.
3- Comprometimento: Uma equipe engajada e focada, sonho de consumo de todo gestor, em partes depende muito da conduta do líder ao reger essa sinfonia, no entanto, não exime os membros de se comprometerem com o projeto. Pessoas realmente comprometidas abraçam a causa e dão o seu melhor para alcançar os resultados propostos, chegando até mesmo a exaustão. E em se tratando de trabalho em equipe, um se doa pelo outro, um cuida do outro, com entusiasmo, energia e vibração, próprias de quem ama verdadeiramente o que faz.
4- Comunicação: Fundamental compreender que não há trabalho em equipe se não houver comunicação adequada entre os seus membros, fazendo uma analogia com um time de futebol, é como passar a bola para o parceiro, adequadamente, neste quesito o Barcelona F.C. revolucionou a forma de jogar no mundo, envolvendo os adversários no passe de bola entre todos os jogadores (no máximo dois toques), no caso do trabalho em equipe, ajuda a manter os colegas informados acerca de como se encontra o seu trabalho atual: etapa, fase, dificuldades encontradas, dentre outros, isso ajuda a prevenir os demais e quem sabe até obter um suporte para que o trabalho seja bem sucedido.
5- Conflitos: Algo que ninguém quer, mas acredite, eles ocorrerão, sobretudo em virtude das diferenças de ideias e de personalidade, e detalhe: são saudáveis, e portanto, fundamentais para o crescimento pessoal e profissional, desde que tenham o único propósito de alcançar os objetivos da equipe, é importante colocar o bem comum acima dos interesses particulares e por mais que a sua opinião não pareça ser ouvida num primeiro momento, não quer dizer que não será levada em consideração. Isso pode gerar dor, desconforto e chateação, mas fugir ao conflito, embora seja uma ideia sedutora para evitar a dor, não contribuirá em nada para o seu desenvolvimento pessoal e profissional. Os conflitos gerados em prol de uma causa, quando superados, tendem a contribuir para um nível maior de escuta e compreensão, levando-o a um estágio profissional superior. Assim, é fundamental não levar um conflito de trabalho para o lado pessoal, pois nenhuma relação merece ser sacrificada por ser simplesmente confundida.
Desse modo, é impossível acreditar que se conseguirá algo sozinho, então, desistir de uma equipe por causa de uma discussão ou desentendimento profissional, é uma forma de esquivar-se ou fugir de uma questão pontual. Assim, encare a situação, supere seus fantasmas internos, e ainda que discorde da opinião alheia, compreenda que respeito é fundamental em toda forma de relação. Portanto, viva intensamente cada momento, supere-se e seja uma pessoa, um profissional e um cidadão melhor a cada dia.
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