Satisfação profissional X Necessidade pessoal: A tendência da diversificação profissional na carreira

A diversificação profissional não é nenhuma novidade no mercado, na verdade é uma prática antiga,  só que era mais velada pela ausência dos meios de comunicação existentes hoje em dia como as redes sociais, que acabam virando uma grande vitrine de profissões e ao mesmo tempo um grande celeiro de oportunidades, assim, as coisas estão mais claras atualmente, portanto, ter mais de uma atividade profissional é uma tendência, até mesmo por conta da satisfação pessoal.

Trabalho “chato” X Atividade prazerosa:

As pessoas hoje em dia, estão mais conscientes a respeito de suas necessidades pessoais, muitos buscam equilibrar um trabalho “chato” ou não tão gratificante com alguma outra atividade mais prazerosa através da qual procuram ganhar dinheiro (e, quem sabe, futuramente abandonar a primeira), isso ocorre por que há uma tendência natural do ser humano de fugir da dor e se aproximar cada vez mais do prazer, o que significa que as pessoas aceitam a condição de exercer um trabalho “chato” para fugir da dor da incerteza gerada pelo desemprego, pela desocupação e dos rótulos sociais que dilaceram a dignidade humana. Da mesma maneira, as pessoas procuram outras atividades mais prazerosas para fugir da dor de um trabalho “chato” que por sua vez, geram ansiedade, estresse e um baixo desempenho para quem os executa e resultados modestos ou ruins para quem adquire seus produtos ou serviços.

Crises no âmbito pessoal (como insatisfação no casamento) detonam crises também na vida profissional:

O Ser Humano é um ser único, indivisível, sendo impossível separar a vida pessoal da vida profissional, assim, tudo o que as pessoas querem, de uma maneira geral, é serem felizes, o que só é possível quando encontram a plenitude na vida, que é adquirida pelo equilíbrio entre as suas diversas áreas. Contudo, o equilíbrio perfeito não existe (a menos que o indivíduo tenha morrido), logo, como a vida tem seus altos e baixos e a pessoa é indivisível, inevitavelmente uma área da vida impactará sobremaneira na outra, por exemplo, quando a pessoa vai bem no trabalho e nas finanças, a vida familiar é diretamente impactada por essa estabilidade financeira, pela qualidade de vida que o sucesso profissional pode proporcionar, dentre outras coisas, da mesma forma, uma crise conjugal afeta o psicológico do indivíduo e consequentemente produzirá um impacto negativo em sua performance no trabalho. Em todo caso, é importante compreender que “antes” de todo profissional vem um ser humano, que precisa de um momento STOP para repensar, redefinir, reestruturar, para seguir em frente. E, lógico, isso é perfeitamente normal.

Atletas, atores ou modelos, que têm mais visibilidade e um grande retorno financeiro sofrem mais com a hora de parar ou com uma possível maré baixa na profissão do que um anônimo?

Creio que não seja tão simples assim promover uma mudança de carreira tanto para famosos quanto para anônimos, a diferença está exatamente no nível de exposição. Em alguns casos, esse nível de exposição é muito bem-vindo e as pessoas o procuram, em outros, a falta dela chega mesmo a ser até um alívio para quem vivia assediado pelos fãs e pela imprensa. Nós temos alguns exemplos de passagens, sobretudo no mundo do esporte, onde se tem atletas como o Tande, campeão de vôlei que parou de jogar e enveredou no mundo do jornalismo esportivo, o que aparentemente foi uma transição tranquila, mas que precisava de uma certa adaptação por parte dele. Por outro lado, temos exemplos onde pode ter sido bem difícil como o Casagrande, atualmente comentarista, que em certo momento, quando pendurou as chuteiras, antes da atual profissão, diz que viveu um vazio absurdo, sem o barulho da torcida, nem o assédio dos fãs, sem a pressão por resultados que cerca o atleta, ao qual já estava adaptado e entrou em depressão, ou seja, a reação das pessoas é muito relativa e varia conforme o seu critério de valor e personalidade, por isso, toda transição de carreira, seja ela qual for, tem que estar alinhada com os seus valores, porque há que se compreender que ele não busca simplesmente uma transição de carreira, ele quer mesmo é ser feliz e isso só será possível à medida em que for fiel aos seus valores pessoais, ou seja, mudar de carreira ou de profissão não é o objetivo em si, mas um meio para se atingir o objetivo maior, encontrar-se e ser verdadeiramente feliz fazendo aquilo que gosta e gostando daquilo que faz!

Gostou do tema? Tem alguma experiência parecida? Compartilhe comigo, terei o maior prazer em conhecer a sua história e quem sabe, contribuir com outras pessoa que têm as mesmas dificuldades, envie suas dúvidas, sugestões, sua opinião para o whatsapp (011) 99546 8145 ou mande um e-mail para fale@cibracoaching.com.br. Você poderá fazer parte do nossa próxima edição.

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