A prática de coaching: Crime ou profissão?
Está tramitando no Senado Federal um projeto de lei que regulamenta a profissão de coaching, mas alguns setores da imprensa publicaram matérias sensacionalistas com o título: “O coaching pode virar crime no Brasil”, assim, alguns desavisados, lêem o título e disseminam estórias infundadas e estapafúrdias acerca da profissão, que, como em qualquer outra, tem os seus bons e maus profissionais, pois bem, vamos então tratar do tema de maneira esclarecedora e responsável.
De um tempo para cá, a profissão coaching tem estado em evidência nas discussões acerca dos seus princípios, métodos, técnicas e ferramentas, sobretudo por conta do seu crescimento que tomou uma grande proporção, especialmente no Brasil, país onde a profissão mais cresce, são cerca de 70 mil profissionais segundo dados não oficiais, porém, sem uma adequada regulamentação, assim, muito embora tenha um código de conduta ética, não há uma fiscalização mais ostensiva, o que acaba abrindo margem para uma publicidade com promessas levianas de coisas intangíveis e algumas até impraticáveis feitas de maneira irresponsável pela ausência de uma orientação mais adequada, sobretudo de muitas escolas que surgem sistematicamente no Brasil, mas sem o devido respaldo de quem está formando, me refiro àquelas criadas por alguém que nunca atendeu, mas fez um curso de final de semana, recebeu o certificado e, focando mais no TER do que no SER, considera-se “apto” a formar novos coaches, só que o que nem ele sabe, (de)formando ao invés de formando.
Portanto, é importante que as pessoas interessadas em seguir esse caminho não foquem apenas no valor a pagar, uma vez que o barato pode sair muito caro, mas pesquisem acerca da reputação do trainer, tipo: Onde fez a sua formação? Quem ele já formou? Que empresas/pessoas já atendeu? Qual ou quais as suas titulações na área do coaching? Quantas formações já fez anteriormente? Onde atuou profissionalmente? Qual a sua reputação ao longo da sua carreira profissional (não apenas de coach)?
É importante compreender que o coaching tem o propósito de levar o indivíduo a atingir um determinado resultado na vida, seja em nível pessoal ou profissional, o que é bom, positivo e necessário, mas o que se vê em alguns casos, são pessoas de áreas distintas julgando-se capazes de atender traumas, patologias clínicas e transtornos emocionais sem o devido preparo, até porque é uma área que compete ao psicólogo e muitas vezes interferindo até mesmo em tratamento psiquiátrico, o que é, no mínimo, uma grande irresponsabilidade, e, infelizmente, tem a sua origem na (de)formação, pela falta de orientação adequada, sendo, portanto, essa prática, considerada charlatanismo a ser criminalizada, não a profissão de coaching!
Por fim, toda essa discussão nos conduz a um caminho para regulamentar a profissão no Brasil respaldando os profissionais realmente sérios e limando os aproveitadores de plantão. Detalhe: O coaching embora já exista há muito tempo, não é uma profissão reconhecida em nenhum país do mundo, salvo na Alemanha, no entanto, em outros países como nos EUA, Canadá e da Europa, há leis rígidas, que funcionam de maneira eficaz para coibir o estelionato e práticas abusivas, daí a preocupação e interesse maior, sobretudo por profissionais e escolas sérias, em regulamentar o coaching em terras tupiniquins, o que levará o Brasil a ser um dos pouquíssimos países no mundo a reconhecer o coaching enquanto profissão regulamentada.
Sobre o projeto de lei que está tramitando no Senado Federal, vamos elevar o nível da discussão sobre o Coaching em nosso país. Clique aqui e apoie essa campanha para criação de um projeto de Lei que regulamente o coaching enquanto profissão. VAMOS FAZER HISTÓRIA!
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