Mulher, é para você?!

No último dia 08 de março comemoramos, como em todos os anos, o Dia Internacional da Mulher, uma data a ser lembrada por conta de várias lutas e reivindicações das mulheres por melhores condições de trabalho, direitos sociais e políticos e abolição do trabalho infantil, tais movimentos foram reprimidos com violência pela polícia na época, até que no dia 25 de março de 1911, aproximadamente 145 trabalhadores, sendo a maioria mulheres, morreram queimados em um incêndio provocado pelas péssimas condições de trabalho e de segurança em uma indústria têxtil, na cidade de Nova York, o que promoveu profundas transformações nas leis trabalhistas, de segurança e melhores condições no ambiente de trabalho, sobretudo nos EUA e na Europa. Esta data de 8 de março foi decidida no ano de 1910 durante a conferência da Dinamarca como o dia em homenagem aos movimentos sociais pelo direito das mulheres de forma a obter apoio internacional, porém, foi reconhecida pela ONU – Organização das Nações Unidas somente em 1975, naquele que seria o Ano Internacional da Mulher.

Atualmente a data tem um amplo significado, todos eles envolvendo o universo feminino, que, a meu ver, representa: Cuidado, delicadeza, afeto, sensualidade, vaidade, determinação, força, independência e, acima de tudo, amor. Portanto, apesar de todas as suas conquistas, é fundamental que ela não se perca na sua essência e que para obter suas conquistas sociais e direitos iguais não é necessário a sua “masculinização”, brutalidade e segregação, pois o que assegura o poder feminino é justamente o contrário.

Presenciei essa semana uma mulher, torcendo o nariz ao receber rosas sob a alegação de que a data é muito mais que isso. Lógico que sim! Todos sabemos, mas daí a ignorar um gesto de carinho e de delicadeza que podem vir de um homem, de uma criança, de um colega de trabalho é no mínimo negar a essência feminina e dar um chute na sua história e nas suas conquistas até aqui conseguidas às custas de muita dor, sacrifício e até de vidas para ter os direitos sociais, trabalhistas e políticos que a mulher tem hoje. Não consigo assimilar a recusa de um gesto de carinho como representação do universo feminino que eu aprendi a respeitar.

Esse texto, é para você, mulher, que valoriza e representa o universo feminino exercendo com dignidade o seu papel como cidadã, mãe, esposa, filha, dona de casa, matriarca, empresária, executiva ou mesmo profissional liberal, você, que é cientista, astronauta, pilota de avião, atleta e também você, mulher, que atua dignamente na base da sociedade em atividades operacionais seja separando lixo, varrendo ruas, praças e calçadas, empregada doméstica ou mecânica de automóveis e “maridas de aluguel” (as operárias, marceneiras, encanadoras, eletricistas e outras tantas), você sim, que, independentemente da sua posição econômica, social ou hierárquica, sabe receber uma rosa com a mesma elegância, delicadeza e simplicidade dignas de uma realeza, afinal, em todas habita, no mínimo, um espírito de princesa, que não deve ser confundido com fragilidade, futilidade, superficialidade ou algo do tipo.

Eu entendo perfeitamente que o dia da mulher é “todos os dias”, assim como a celebração da vida não seria somente na data de nascimento, quando a pessoa faz aniversário, mas todos os dias. No entanto, já parou para pensar como seria se não houvesse uma data especial para ser um marco a ser celebrado? Por este motivo, rendo esta semana a minha especial homenagem a elas que tudo suportam, por isso peço licença para expor algumas regras que aprendi com a maior de todas, a Dna. Célia, minha mãe, que hoje eu entendendo, me criou para respeitar as mulheres:

  • Onde tem homem, mulher não carrega peso: Não é colocar a mulher na posição de incapaz, mas de ser gentil em carregar objetos volumosos como sacolas, malas e etc.
  • Jamais permita que uma mulher se curve para juntar um objeto: Para a minha mãe, era inadmissível ver um objeto cair das mãos de uma mulher e permitir que ela se curvasse para juntá-lo, bastava ela me dirigir o olhar, aos 6 anos de idade e eu já sabia que deveria fazê-lo.
  • A bolsa de uma mulher é extensão do seu corpo: Cuidado e delicadeza ao manusear a bolsa de uma mulher, jamais a explore, é como invadir a sua intimidade sem ter sido convidado.
  • Ladies first (Mulheres primeiro): Essa é uma condição fundamental de civilidade, mulheres, crianças e idosos têm prioridade e, embora algumas pessoas se preocupem apenas em tirar proveito dessa condição, jamais abra mão do cavalheirismo.

Assim, gratidão a minha mãe por me ensinar o valor do caráter, do respeito e da honra em relação às mulheres, à minha esposa, a japagirl, com quem aprendi a ser um homem de verdade e às minhas filhas, que mesmo sem saber, me ensinam a desenvolver os parâmetros de sensibilidade enquanto autoridade.

Se você tiver alguma dúvida ou quiser saber mais sobre esse e outros assuntos e quiser vê-los respondidos por aqui, mande um e-mail para: fale@cibracoaching.com.br.

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