Então é Natal, mas alguma coisa está diferente!
E eis que quando menos esperamos, já é natal, o ano passou como num estalar de dedos, lembro como se fosse ontem do nosso último natal e de como foi compartilhar daqueles momentos com aqueles que mais amo nessa vida. Mas hoje confesso que sinto algo diferente dentro de mim quando essa data se aproxima e aqui, nesse texto, compartilho mais o meu coração do que minha massa cinzenta, espero que faça sentido para vocês como fez para mim. Será que finalmente estou “crescendo”, “amadurecendo”? Lembro que há algum tempo eu já ficava ansioso por essa data, talvez tenha sido condicionado pelo amor manifestado pelos meus pais durante a minha infância, dos presentes caros, em alguns casos até acima dos nossos padrões que eu, na minha inocência não compreendia e tampouco exigia, como foi o Robô Arthur. Fato é que hoje, amo esse clima de natal, as músicas, a árvore, a decoração, o clima chuvoso do nosso “inverno” amazônida, amo ver as pessoas reunidas, abraçando-se mutuamente e compartilhando momentos e sorrisos com direito a registros para a posteridade, mesmo assim alguma coisa mudou!
Até bem pouco tempo atrás, eu amava encarar os shoppings lotados e as longas filas para pagar as compras, além da incansável saga para encontrar uma vaga de estacionamento e desfilar com várias sacolas de presentes caros para familiares e amigos. Esse clima contagiante mexia com meus sentidos que já partiam doutrinados para não estressar, pois eu sabia que enfrentaria um verdadeiro formigueiro humano. Lembro que nas viradas de natal cheguei a passar quase 16 horas direto no shopping em busca do presente perfeito para pessoas queridas (não podia ficar ninguém de fora) e o fazia com muito gosto e alegria, mas neste natal, alguma coisa dentro de mim realmente mudou!
Hoje não estou tão ansioso, mas consigo perceber o meu coração transbordando de felicidade e contentamento ao ver as pessoas que mais amo felizes, como se abrisse uma tela de cinema imaginária, onde consigo ver o sorriso sereno de cada uma delas, num roteiro perfeito com uma edição de primeirissima qualidade e uma trilha sonora impecável. Meus olhos ficam marejados ao ver o sorriso das crianças encantadas apreciando a decoração da árvore de natal, ao ouvir suas vozes, seus gritos, correndo daqui pra lá e de lá pra cá, disseminando sua alegria por toda a casa. Como é bom olhar para o outro lado e ver a geração anterior, meus pais, arrumados, sentados lado-a-lado, compartilhando uma bela conversa com amigos e parentes, enquanto degustam os petiscos e aguardam o grande momento dessa linda festa que é o natal: A ceia! É, alguma coisa, de fato, mudou!
Ao olhar em outra direção, com um pouco mais de cuidado, penso naquelas crianças que não têm um carinho, uma manifestação de afeto, um brinquedo, penso nas famílias que passam por dificuldades financeiras e que, este ano, não terão uma ceia, penso nos lares e nas inúmeras famílias que sequer puderam decorar suas casas, mesmo assim, estão juntos. Me emociono ao pensar nos pais que ainda se angustiam por não poder proporcionar aos seus filhos um natal que se compra com dinheiro, por mais simples que seja, o único natal que muitas crianças (e adultos) conhecem. Penso também naquelas famílias que perderam entes queridos que deixaram um vácuo, a saudade aperta, mas de alguma forma, o espectro daqueles que partiram, ainda está ali partilhando desse momento de união. É, alguma coisa mudou mesmo!
Desta vez eu não estou esperando pela noite de natal, pelos presentes caros, pela ida ao shopping, na verdade nem estou pensando nisso, sinto como se todos os dias fossem um natal diferente. Será que isso é o que chamam de viver a verdadeira essência do natal? Neste momento eu sou todo amor, silêncio e oração, aguardando o dia da celebração pelo nascimento de Jesus Cristo o único e verdadeiro mestre, então me pergunto, até com certa preocupação: Será que amadureci ou estou batendo às portas da velhice? Será que envelhecer é assim? Então, depois de muito refletir, cheguei a uma conclusão: A de que não se trata nem de uma coisa nem de outra, o que aconteceu comigo é que fui tomado por uma súbida dose de consciência, de bondade, de humildade e de humanidade e seria incoerente não compartilhar essa reflexão.
Portanto, já decidi: Meu presente este ano será eu mesmo, com a mesma embalagem, é verdade, quanto a isso não posso fazer muita coisa, mas com um conteúdo totalmente renovado, vou me esforçar para partilhar o melhor de mim com cada pessoa que cruzar o meu caminho, procurando agir com paciência, com alegria, com generosidade e disseminando a paz. Concluí que no vídeo imaginário, cada rosto apreciado em diferentes fases, era reflexo de mim mesmo em estado de fusão para me tornar em quem eu sou hoje. Por isso, agradeço a Deus por cada pessoa que cruzou o meu caminho e que me ajuda a ser mais tranquilo, sereno e íntimamente mais harmônico, o que me leva a viver com mais integridade na minha forma de ser, de pensar, de sentir e de agir em perfeita completude com minhas imperfeições (são muitas!).
Neste natal, eu compartilho essa paz, essa alegria, esse amor incondicional que sinto, para que restaure em cada um o que há de melhor enquanto Ser Humano. Quanto a mim, só peço a força necessária para seguir com a minha missão de ajudar ainda mais pessoas em seu processo de desenvolvimento pessoal para que não apenas alcancem os seus sonhos e desejos pessoais, mas para que contribuam, cada qual à sua maneira, para fazer deste, um mundo melhor para todos. É, tá tudo diferente, tudo muito melhor! FELIZ NATAL!
Gostou do tema? Passou por alguma experiência de natal diferente? Compartilhe comigo, terei o maior prazer em conhecer a sua história e quem sabe, contribuir com outras pessoa que têm as mesmas dificuldades, envie suas dúvidas, sugestões, sua opinião para o whatsapp (011) 99546 8145 ou mande um e-mail para: fale@cibracoaching.com.br. Você poderá fazer parte do nossa próxima edição.