O campeão não nasce pronto
Ontem fui convidado pela Cristiane Costa, de Belo Horizonte a participar de uma “live” nas redes sociais com o foco no propósito, medo, resultados e liderança. O tema dessa transmissão foi inspirado em uma frase de um atleta olímpico, que se referia à importância do treino duro, da abdicação, da resiliência ao conviver no limite entre a vitória e a derrota, o sucesso e o fracasso.
Para tanto, é muito importante o autoconhecimento, inclusive para lidar com o seu conjunto de crenças limitantes e fortalecedoras e desenvolver um foco, estabelecendo metas a curto prazo, com tarefas sucessivas a serem cumpridas dentro de um prazo específico, o que chamamos de performance, ou seja, a relação existente entre o trabalho empreendido e os resultados obtidos em um espaço de tempo. Para tanto, é necessário, mudar o seu modo de pensar (mindset), uma vez que precisa conviver com a dor, com a segregação, com a solidão e com a privação, já que para se tornar um campeão, de fato, precisa se abster de muita coisa.
Nesse sentido, é importante dedicar uma atenção especial à estratégia, priorizando as metas impactantes que possibilitem um maior resultado com menor esforço, como tenho o hábito de dizer: “quem trabalha muito não tem tempo pra ganhar dinheiro”, ou seja, 80% na operação e 20% na estratégia é a receita de maior desgaste e resultados muitas vezes frustrantes, portanto a ideia é inverter essa ordem planejando, acompanhando a execução e, principalmente, passando a assumir a responsabilidade pelos seus resultados, que por sua vez, são proporcionais ao seu nível de esforço.
A questão é que muita gente quer resultado, mas são imediatistas, sobretudo os jovens, por exemplo: Alguns sonham em ser pop stars e então assistem a um show de um artista e sonham em ocupar aquele lugar no palco, mas o que enxergam é somente uma parte, a do glamour, da tietagem, da fama, do dinheiro, mas a maior parte do trabalho, a das exaustivas horas de ensaio para trás, das maçantes repetições até acertar a música de forma impecável, não aparece. Então pergunto: Você está disposto a pagar o preço? Quando eu tocava e subia ao palco, era uma sensação maravilhosa de realização, mas a música só estava realmente boa quando não aguentávamos mais tocar, aí estava preparada para executar para o público, isso é comum nas artes, também no atletismo e por que não dizer na sua profissão ou no seu trabalho?
Ainda falando com os mais jovens, uma das minhas maiores expertises como empresário, é formar pessoas e eu fico feliz quando esse estagiário vai para uma empresa de ponta e surge mais um profissional qualificado no mercado, aproveitando todo o seu talento, mas não se trata apenas de colocar por colocar, quantas vezes contratamos competência e demitimos comportamento, quer dizer, às vezes ele é bom tecnicamente, mas não é solidário, não sabe trabalhar em equipe, não se compromete, e nem se preocupa com a qualidade do seu trabalho, então, para quem já desembarcou de cadeira de rodas para dar quatro dias de formação, cerca de 14 horas por dia, eu no caso, é muito difícil assimilar algumas “supostas dificuldades” enfrentadas, pois muitas vezes soam como desculpas, do tipo: “quebrei a unha, não posso ir trabalhar”, mas quer estar no topo, quer ser campeão, quer ser popstar e isso é muito decepcionante.
Hoje cedo, assistindo a um telejornal, me deparei com uma notícia referente a ação de um policial durante um protesto em uma escola pública de São Paulo, onde ele afastava com a arma uma estudante que queria se aproximar do diretor, achei chocante e pensei no quanto as nossas autoridades estão despreparadas até anunciarem, ao final da matéria, o motivo do protesto: Contra a postura disciplinadora do diretor que era muito rígida e não tolerava atrasos. Eu pergunto: Como ser campeão sem o devido respeito e compromisso com a disciplina? Aplausos para esse diretor preocupado com o futuro profissional de cada estudante, esse profissional tem um propósito!
As pessoas têm que entender qual é o seu propósito maior, o que querem das suas vidas, nessa semana mesmo presenciamos uma cena até comovente, de filas enormes com muita gente se candidatando a uma vaga de emprego, os relatos no geral eram: Para saciar fome, a sede e pagar as contas, mas nenhum com um propósito maior. Pergunte-se: Por que quero fazer esse serviço? Descubra a sua razão e seja feliz e realizado profissionalmente!
E você sabe qual o seu propósito? Quer descobrir, desenvolver ou aprimorar? A Cia Brasileira de Coaching está com uma nova turma de líder coaching e autogestão no período de 23 e 24/04/2019 em Belém. Obtenha maiores informações através do nosso whatsapp (11) 99546 8145.
Gostou do tema? Tem alguma dúvida ou quer que eu escreva sobre algum assunto em especial? Envie sua opinião para o whatsapp (011) 99546 8145 ou mande um e-mail para nelsonvieira@cibracoaching.com.br você poderá fazer parte do nossa próxima edição.