Os personagens em um processo de coaching
Esta semana, entramos em debate virtual sobre o papel do profissional coach, o qual compartilho com você, leitor, os principais trechos. Antes de qualquer coisa, é necessário compreender que em um processo há pelo menos dois personagens: De um lado o coach, o profissional habilitado para exercer tais atividades, se houver mais de um, temos vários coaches. De outro lado, o coachee, o cliente que se submete a um processo de coaching, se houver mais de um cliente, temos vários coachees. Coaching, portanto, é a metodologia em si, é o processo, constituído de fundamentos, técnicas, ferramentas e modelos estruturados. Portanto, Se um dia alguém se apresentar assim para você: “- Eu Sou coaching!”, sorria e acene, mude o assunto e sai fora, vai por mim.
O coach Marcelo Lovato, de Cachoeira do Sul – RS complementa: Se alguém responder “Sou Coach” começou bem, porém, se responder “Sou Coaching” deve ter sido a metodologia materializada num corpo, uma entidade praticamente! Parece engraçado, mas a coisa é mais séria do que se imagina, principalmente se considerarmos que a pessoa fez, supostamente, uma “formação”, mas sequer sabe definir a sua profissão.
O coach Everton Garcez, atualmente residente em Goiânia afirma que a situação se agrava ainda mais ao se colocar uma coach para resolver um trauma, referindo-se as personagens na trama da novela das 9h, vira um comentário geral, para o qual eu afirmo: – Enquanto isso vamos fazendo a nossa parte como coaches profissionais, até porque o que apareceu em rede nacional é só um pouquinho perto do muito que eu já vi.
Como psicólogo, posso afirmar que a depressão, assim como outras patologias, existe e ninguém está imune, mas em muitos casos, me arriscaria a dizer que na maioria das vezes, é muito fácil julgar o silêncio alheio e ignorar a dor de alguém do que acolhê-lo, infelizmente, não é apenas por conta do meu trabalho que lido com essas situações, depressão é uma patologia clínica e quando atinge um estágio mais severo precisa de tratamento adequado, mas ainda há muito preconceito social em relação a isso, então é mais fácil ignorar e “excluir” a pessoa depressiva do seu convívio, grupo social ou quem sabe até, ridiculariza-la dento do próprio grupo agindo como se ela não existisse. Importante saber que assim como cuidamos do corpo (exercitando) e da alma (normalmente através da religião), é fundamental cuidar da mente e das emoções, fazer essa “detox” é, na pior das hipóteses, uma questão de higiene pessoal, já que estamos nos livrando de muitos pensamentos e emoções tóxicas. Portanto, está sofrendo? Procure um psicólogo. Conhece alguém que esteja sofrendo? Dedique carinho, atenção, compreenda a sua dor (ou tente pelo menos) e o principal, respeite a dor e o sofrimento alheios, essa é a melhor forma de solidariedade, de amor e de humanidade!
Com o coach Orlando Rodrigues de Brasília, até hoje perguntam o que é coaching, com perdão pela ignorância, para o qual eu o chamo como um sujeito de sorte, melhor assim, acredite! Afinal, hoje em dia, já me perguntam: “Eu já ouvi falar, mas não sei bem o que é” e depois desta ultima semana alguém disse para uns rapazes que eu sou coach e os caras me indagaram: “- Égua, o senhor é coach, me hipnotiza ai?!”. Dorme com um barulho desses!
Para a coach Ana Corcovado, do Rio de janeiro, essa mistura de coaching com hipnose, influenciados pela novela, tem sido um transtorno pois criou-se uma grande confusão na cabeça das pessoas. Imagine que uma de suas clientes a questionou se seria hipnotizada e ela, então, como afirma, precisou escrever uma longa resposta para a mesma.
No entanto, falando sinceramente, eu, Nelson Vieira, não vejo essa questão da novela global como um problema, mas como oportunidade, pois na minha visão como coach profissional, a prática de coaching estava à beira de um colapso por conta da banalização e com isso, os leigos mais céticos e ortodoxos generalizam, sem distinção. Com essa questão que veio à tona, na trama das 9h, tornou possível essa discussão e agora as pessoas, pelo menos as mais antenadas, têm a possibilidade de separar uma coisa da outra e escolher profissionais mais sérios e conscientes do seu papel, lógico, não é via de regra, aliás, nesse país, nada é uma regra e as que têm, inclusive as leis, são quebradas, mas, fazendo um balanço frio, esse movimento, no final das contas, foi muito bom, o que leva, as coaches Ana Corcovado e Ilse Basei, de Porto Alegre-RS, a concordarem com o meu ponto de vista, afirmando que tudo o que faz pensar é bem vindo, sobretudo no que diz respeito à atuação do coach e do terapeuta, além de tornar a nossa prática profissional mais conhecida e esclarecer possíveis dúvidas, sobretudo em relação ao tratamento psicológico, que não é objeto do coaching.
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