Por que nos decepcionamos tanto?
Certa vez, conversando com uma amiga pela qual tenho profundo respeito, carinho e admiração (pessoal e profissional), a ouvi dizer: – Estou muito decepcionada na empresa em que trabalho!”, desde então fiquei refletindo a respeito do por que nos decepcionamos tanto. Logo, pensei em algo que está intimamente ligado a esse sentimento: As nossas expectativas!
Expectativa
É algo que esperamos que aconteça baseado em uma dada possibilidade. Neste sentido, já parou para pensar no quanto de expectativas nutrimos em relação a pessoas, coisas ou situações nas diversas circunstâncias da vida? Por exemplo:
- Num casamento, ele espera que sua esposa deixe tudo arrumado em casa e que esteja linda e perfumada para quando ele voltar. Ela espera que ele seja mais carinhoso, atencioso, gentil e que adivinhe o presente ideal para ela naquele dia;
- No trabalho, durante a sua entrevista, os candidatos esperam entrar na melhor empresa do mundo, que lhes pague excelentes salários, bonificações e que tenha um belo pacote de benefícios, e lógico, que a empresa seja compreensiva em relação as suas falhas pessoais. Por outro lado, as empresas esperam dedicação ao máximo de seus colaboradores e que eles possam andar aquele quilômetro extra para alcançar os resultados a que se propõem;
- Nas relações, as pessoas esperam fidelidade, cortesia, atenção, respeito, consideração e amizade umas das outras;
E por aí vai uma infinidade de expectativas que alimentamos todos os dias. Assim, quando o resultado supera o esperado, podemos dizer que o ocorrido superou nossas expectativas, por outro lado, quando não vemos as nossas esperanças atendidas, nos frustramos. Em alguns casos, nos decepcionamos tanto que pode minar a nossa motivação e entusiasmo.
Alimentar esperança resolve?
Eu me arriscaria a dizer que alimentar esperanças faz parte da natureza humana. Que já vem implantada no nosso chip, como dizem: ela é a última que morre! Há inclusive aqueles que vivem de expectativas, esses normalmente usam a expressão: “Eu tenho esperança de que ele vai mudar; de que tudo vai melhorar e tantas coisas mais”. Depois se pergunta: Por que nos decepcionamos tanto?
Entretanto, como diria Mario Sérgio Cortella em uma de suas brilhantes reflexões (embora, não necessariamente com essas palavras): Esperança compreende o verbo esperar o que nos remete cruzar os braços e simplesmente esperar. O ideal é que nós conjugassemos o verbo esperançar que nos dá um sentido de atitude, de fazer acontecer ao invés de esperar pelo outro, pela empresa, pelo estado, pela sociedade, pelo país ou mesmo por Deus. Aliás, o povo sabe, tanto que afirma interpretando trechos bíblicos: “(…) faze por ti que Eu te ajudarei (…)”.
Então, por que nos decepcionamos tanto?
Entenda uma coisa, nós só nos decepcionamos com aquilo que esperamos, porque queremos demais que aconteça, então “esse algo” passa a fazer parte de nossa cadeia de expectativas, que, quando não acontecem, tornam-se frustradas, por isso gosto muito do conceito de expectativa do Brian Tracy, quando ele diz que é uma profecia autorrealizável.
Pensando assim, saímos da incômoda posição de expectadores e passamos a ser agentes das nossas próprias realizações assumindo a responsabilidade pelas nossas escolhas e resultados, logo, o melhor de tudo: Desviamos o nosso foco e atenção para aquilo o que realmente importa, que é o que mais queremos!
Algumas perguntas para sua reflexão:
Desse modo, seguem algumas perguntas para a sua reflexão pessoal nesta semana:
- Você tem controle sobre as outras pessoas, sobre as decisões do seu gestor, sobre o trânsito, sobre o planeta?
- Qual a única coisa sobre a qual você tem pleno, irrestrito e absoluto controle?
- Então, o que depende de você? O que só você pode fazer a despeito desse sentimento que ficou em relação ao que fizeram (ou não fizeram) com você?
- Você pretende ser apenas um expectador desse filme, que conta a história da sua vida, ou ser o protagonista dessa história. A história da SUA VIDA?
Esta semana, desejo que você tome as melhores decisões e que você se faça realmente feliz!
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