Saiba como lidar com cada experiência ruim que lhe acontece
Há alguns anos atrás, na cidade do Rio de janeiro, em pleno sábado a noite, estava eu finalizando mais um dia de formação em coaching com toda a turma, momento em que formamos um círculo no centro da sala e fazemos uma corrente onde cada qual define o que significou aquele dia para si, por que foi importante? O que leva de aprendizado? Enfim, é o que nós chamamos de fechamento. Nesse dia havíamos trabalhado a questão da família, amor, respeito e filhos. Ao final, depois que todos se manifestaram, pairou um instante de silêncio, de emoção e de paz, rompido com uma participante levantando o indicador e pedindo a palavra: “Por favor, eu não posso sair do jeito que estou, eu preciso falar”, e assim, com todos os olhares dirigidos a ela, finalmente desabafou:
– “Eu ouvi todos aqui falarem de filhos, dos primeiros passos, do primeiro dia na escola, dos carinhos, dos cuidados, dos passeios e eu … [respirou fundo em meio ao choro de dor] … não posso ser mãe?” e chorou de maneira copiosa e soluçante, depois, olhando para o céu, questionou: – “Por que meu Deus? Por que eu?” Todos em volta entreolharam-se e fizeram novo silêncio em sinal de respeito à sua dor.
Naquele momento, eu sabia que algo precisava ser feito, a questão era: O que fazer exatamente quando todas as condições são adversas? Raciocine comigo: Sou homem, portanto jamais saberei a sensação de uma gravidez e o significado disso para uma mulher; eu tenho os meus filhos, são todos saudáveis e minha vida gira em torno da minha família, neste sentido, me sinto completo! Logo, o que fazer? Imediatamente lembrei de uma técnica da PNL conhecida como ressignificação, que consiste em atribuir um novo significado para cada coisa que lhe acontece, que seja positivo, energizado, empoderador e carregado de um aprendizado substancial. Contudo, considerando a dor da participante e todas as condições adversas, o que poderia receber um outro ponto de vista nesta situação? – Pensei!
Depois de alguns segundos concentrado, à custa de muito esforço, me coloquei no lugar daquela pessoa buscando sentir tudo o que ela supostamente estaria sentindo, foi quando procurei, em meio a todo esse contexto adverso, algo que pudesse ser suficientemente positivo em toda essa dolorosa experiência. Então, meio que de súbito, olhei fixamente para ela e trouxe à tona tudo o que eu estava sentindo e que fazia sentido para mim naquele momento e de forma bastante serena, refleti em voz alta: – “Você já parou para pensar que o dom da maternidade não precisa necessariamente ser genético, pelo contrário, trata-se de um instinto natural da mulher?” E continuei: – “Quem lhe disse que necessariamente você precisa gerar um embrião para ser mãe?” todos entreolhavam-se como que buscando um sentido em meio aquilo tudo e segui: – “Você já parou para pensar que você pode ser mãe não de um, de dois ou de três, mas de mil ou mais crianças?”.
Os olhos dela ainda marejados alargaram-se como que surpresos pela descoberta, então aproveitando o momento, ressignifiquei: – “Pense em quantas crianças estão por aí sem rumo, sem afeto, sem cuidados? Quantas partem para o mundo do crime por não encontrarem um significado maior para a sua vida? Quantas delas, talvez até inteligentes e talentosas que não têm sequer uma chance de dar certo na vida?”. – “Sabe? Essa pode ser a sua missão na Terra, pois se você tivesse filhos biológicos, certamente não teria tempo e nem disposição para cuidar desses que tanto precisam”. Ela então, fazendo um sinal positivo, em reconhecimento a esta reflexão, exclamou: – “Puxa, sabe que você tem razão? Eu ainda não havia olhado por esse ponto de vista. Sempre pensei em criar uma creche, mas a mágoa de não poder engravidar sempre me perseguia, mas agora olhando como uma missão, percebo que nada acontece por acaso. É isso mesmo!”
Depois, em meio à risos e lágrimas, todos abraçaram-se felizes pela descoberta e desbloqueio da colega, esse, aliás, o desbloqueio, é o efeito maior da arte de ressignificar. Essa técnica pode ser usada em diversas situações e contextos, basta dar um novo significado às ideias ou coisas ruins que lhe acontecerem, vale o treino: Comece por agradecer ao invés de lamentar-se achando que não há mais saída, já é um bom começo!
Lembrando que, essa e outras técnicas da PNL, serão apresentadas pelo Master André Percia, de Niterói-RJ, um dos mais respeitados trainers em PNL da América Latina durante a formação internacional com certificação alemã NLP-in em Belém com início em 25 de outubro, as vagas são limitadas, saiba mais.
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