Sente-se Perdido aos 30? Saiba que tem solução…
A leitora Luciana Rabelo do bairro de São Brás, pediu para abordar uma questão muito peculiar que aflige jovens profissionais que chegaram aos 30 e ainda não encontraram o seu caminho, encontram-se em dúvida sobre o que fazer da vida e sentem-se perdidos em meio as mudanças constantes no mercado, em especial no mundo corporativo e muitas vezes se desesperam em meio a tantas possibilidades.
Imagine que você está em uma pizzaria, morrendo de fome e tudo o que você deseja naquele momento, é fazer é fazer a melhor escolha, saciar a sua fome (…de pizza) e ser feliz, coisa muito simples até pedir o cardápio, neste ponto começam os seus problemas: antes mesmo de abri-lo, você já se depara com inúmeras possibilidades, quase 8 páginas com cerca de 18 a 22 opções de pizza disponíveis para você escolher. Você estava certo do que você queria, mas são tantas as opções e combinações de ingredientes, uma mais atraente que a outra e enquanto isso, a fome só aumenta, ainda mais quando você vê o garçom servindo a mesa ao lado com uma pizza suculenta, quentinha e, a julgar pelo sorriso de satisfação daquelas pessoas, deve estar deliciosa! Você então começa a salivar e decide que é hora de resolver a sua vida, chega então uma outra fase neste processo, a dúvida. Você então se pergunta: Puxa, eu estava certo do que eu queria mas e se este outro sabor for melhor do que a que eu queria? E se eu deixar a minha certeza pela outra desconhecida e me decepcionar? Vale a pena arriscar em função do desconhecido? Será que vou me agradar do ingrediente “X”?
Enfim, como se percebe, são inúmeras as possibilidades que enriquecem o seu diálogo interno antes de optar e isso gera incerteza, dúvida diante do desconhecido, ansiedade, desconforto e um certo sofrimento.
Na carreira profissional não é muito diferente, ainda mais nos dias atuais, pois lhe apresentam uma cartela variada de profissões a seguir enquanto você é jovem e você muitas vezes se agarra a uma escolha de momento que, certamente, vai lhe acompanhar para todo o resto da sua vida, certo?
Errado! Pior que ainda tem gente que defende isso. A escolha profissional não requer necessariamente ter que conviver com algo que você não gosta para o resto da sua vida, menos ainda nos dias atuais, onde muitas profissões desaparecem e outras surgem quando e onde você menos espera, como os atendentes de whatsapp por exemplo.
Isso quer dizer que você aos 30 não precisa necessariamente ficar apegado a escolha que você fez há 10 anos, pois o cenário era outro, bem diferente do atual, viver isso é estar condenado a aceitar uma pena perpétua de infelicidade e frustração por uma escolha equivocada, muitas vezes motivada por um impulso momentâneo ou um encantamento e admiração por um modelo bem sucedido, ou mesmo por depositar nessa escolha todas as possibilidades de sucesso, prosperidade e felicidade, aí, quando as coisas não acontecem do jeito que você imaginava, ou quando você é apresentado à parte feia, tosca e chata do trabalho vem a frustração e a infelicidade. E quem disse que os planos não podem ser revistos? Quem disse que projetos não podem ser alterados? E que o caminho não pode ser refeito?
A questão principal agora é mudar o foco e redirecionar o questionamento que, no princípio era externo e depois passou a ser interno, assim, quando se é jovem, as perguntas e a análise está no objeto, ou seja, nas profissões, tipo: O que faz? Como faz? Por que faz? Quais os riscos envolvidos? Principais atribuições …
São inúmeros os questionamentos, mas repare, todos voltados para as questões técnicas e pragmáticas, assim, muitas vezes, a decisão se baseia não naquilo que se deseja para a sua vida, mas naquilo que é teoricamente mais fácil, cômodo e lógico, rentável, entenda-se este último, não apenas no ponto de vista financeiro, porque tudo o que se quer ao escolher uma carreira é ser feliz. Só que aos 30, os questionamentos migram para os aspectos internos: Será que era isso mesmo o que eu queria? O que planejei para a minha vida? O que eu poderia estar fazendo agora?
Enfim, quem disse que você tem que acertar sempre? No entanto, pior do que errar, é insistir em algo que não está lhe fazendo feliz, pois isso irá se refletir nas demais áreas da sua vida e certamente lhe deixarão a um passo da depressão.
Assim, para retomar o caminho rumo a sua felicidade, cabe redirecionar as perguntas, então, ao invés de perguntar sobre a carreira, pergunte a você:
- O que tem valor na sua vida?
- O que o faz feliz?
- Se esta for a única coisa que fizer na vida, isso o deixará feliz? Que coisa seria essa?
- Qual a vida que você deseja ter?
- Que atividade profissional o aproxima mais do estilo de vida que você quer para você?
- Qual a sua principal vocação?
- O que você reconhece como os seus principais talentos?
- Que características evidenciam eses talentos?
- Que contribuição você pretende dar para a sociedade? Porque? De que maneira poderá conseguir isso despendendo o menor esforço?
Desse modo, não saber o que se deseja, aos 30 é mais comum do que se imagina e não é um fato recente, só pra você ter uma ideia de pessoas que não sabiam o que fazer aos 30, como: Harrison Ford, Albert Einstein, Steve Jobs (após ter sido demitido da Apple aos 30) e tantos outros.
Assim, você pode decidir entre ser passageiro e deixar que algum motorista assuma o controle da sua vida levando-o até mesmo onde você não quer ir, ou assumir a direção da sua carreira em suas mãos e trilhar o caminho que o conduz à sua verdadeira felicidade.
Se você tiver alguma dúvida ou quiser saber mais sobre esse e outros assuntos e quiser vê-los respondidos por aqui, faça como a Luciana Rabelo de São Brás, mande um e-mail para: fale@cibracoaching.com.br.