Como você agiria se fosse a pessoa mais organizada do mundo?

Sandra, é uma assistente de vendas que enfrenta uma jornada de aproximadamente 14 horas de trabalho quase ininterruptos, acordando as 6h da manhã, toma seu banho, se arruma, toma um café simples e vai para o trabalho, depois, por volta das 13h dá uma pequena pausa de 30 minutinhos para almoçar e volta a se concentrar em suas atividades logo em seguida, depois do expediente, ao invés de ir pra casa, segue para um curso de especialização e vai nesse ritmo até umas 22h, ao retornar para casa, enquanto está no ônibus, só pensa em tomar um belo banho relaxante, comer alguma coisa leve, e deitar-se na sua cama bem confortável em companhia do super-marido “que deve ter preparado aquela massagem”. Como não criar uma expectativa, concorda?

Ao descer do ônibus, inspirada com as melhores idéias (e outras que não sabemos…), caminha animada, embora fisicamente cansada, até a sua casa, quando é abordada pela sua vizinha que resolve puxar assunto e ela se vê sem alternativa para sair daquela incômoda situação para não se passar por antipática e, exausta, ansiosa para desfrutar do conforto que lhe cabe, já com os nervos à flor da pele, se controla e, ainda assim, pacientemente, dá atenção à indiscreta vizinha tagarela.

A Fernanda é uma excelente mãe, esposa e consultora de vendas em uma empresa multinacional de cosméticos na qual encara uma jornada tão desafiadora quanto a da Sandra, sendo que em alguns momentos trabalha de casa mesmo pelo celular ou pelas redes sociais agendando suas visitas diárias, no entanto, sente-se incomodada por que sua vida é um caos a parte, ela tem dificuldade de se organizar então seus pertences, roupas, objetos e até agenda de compromissos são todas bagunçadas misturando vida pessoal e profissional, não é raro perder informações importantes e até compromissos pela sua falta de atenção e, acaba transmitindo esse exemplo para os filhos que estão em sua companhia (o que ela não quer), mas não sabe como agir diferente para evitar esse stress que coloca em risco até o seu casamento de quase 20 anos e viver uma vida mais equilibrada e mais plena.

A Rayanne, é uma baiana que conheci num vôo de Salvador para Belém com escalas em Brasília, onde ela embarcou e seguiu até Marabá, minha segunda escala. Ela é uma engenheira elétrica que trabalhava numa Companhia de mineração no sul do Pará e liderava uma equipe masculina, mas na qual dizia que tinha dificuldades de relacionamento por ser tímida e muito direta com as pessoas, que nem sempre entendiam o seu real propósito e então afastavam-se dela (uma espécie de bullying corporativo?!), enfim, tudo o que ela queria era exercer a sua profissão de engenheria elétrica mais perto de Salvador, onde morava com seus pais e familiares, mas enquanto essa oportunidade não aparecia, precisava se manter no emprego atual até por ter uma origem bem humilde, mas não suportava mais aquele comportamento de evitação dos demais e queria encontrar uma forma de se aproximar das pessoas sem grosseria ou constrangimentos, porém, não sabia nem por onde começar.

Nos três casos, encontramos pessoas em diferentes situações, mas com uma coisa em comum, todas têm consciência do seu padrão comportamental, sabem dos prejuízos que podem lhes causar, portanto, estão insatisfeitas com eles e querem mudar, mas não sabem como. Portanto, segue aí uma dica bem eficaz que já me garantiram grandes mudanças em todas as minhas intervenções que fiz, inclusive dos casos acima:

  • Quem é a pessoa, personalidade ou mesmo personagem que você tem como um grande exemplo para o tipo de pessoa que você deseja ser: Mais segura (caso 1), mais organizada (caso 2) e mais bem relacionada (caso 3)?
  • Como você acredita que essa pessoa se comportaria nesta mesma situação?
  • Como seria você agindo e se comportando como se fosse a pessoa mais segura (caso 1), organizada (caso 2) e bem relacionada (caso 3) do mundo por um período de 15 dias?

Importante: Registre tudo o que você faria se fosse o tipo de pessoa que gostaria e SEJA essa pessoa, assuma o personagem e comporte-se dessa maneira por um período mínimo de 15 dias, caso se sinta a vontade, compartilhe com um amigo, parceiro ou familiar de confiança o seu propósito, para que o mesmo o “chame a atenção” e o mantenha alerta em relação ao seu objetivo sempre que “pisar na bola”, o que é perfeitamente normal acontecer, mas, é importante “voltar logo para os trilhos” para não correr o risco de se perder em relação ao seu propósito maior e, uma ajuda externa sempre é muitíssimo bem vinda!

Ao final, é provável que você não apenas goste da experiência, mas perceba resultados por você desejado num curtissimo espaço de tempo levando-o a uma mudança substancial no seu repertório comportamental que ao adquirir novos hábitos e introjetá-los, dificilmente voltará aos velhos e nocivos padrões.

Se você tiver alguma dúvida ou quiser saber mais sobre esse e outros assuntos e quiser vê-los respondidos por aqui, mande um e-mail para: fale@cibracoaching.com.br.

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