Dicas para cultivar uma poderosa rede de relacionamento e ter sucesso na vida

Muitas pessoas pensam que exercer um cargo de liderança consiste apenas em uma posição que lida com os subordinados, mas esquece que esse profissional depende de inúmeros outros fatores para gerar resultados e sobressair-se no trabalho. Tenho conversado com vários executivos e a confusão normalmente é a mesma: Qual o ponto de equilíbrio entre ser uma líder de comandos e prazos e ser mais carismático, agindo mais por conexão e diálogo?

Acontece que cada um de nós tem algo precioso que desconhecemos e, consequentemente, não sabemos muito bem como usar, que é a nossa rede de influência. Ela existe para todos, independentemente de nível hierárquico, social ou cultural, não importa a sexualidade, raça, credo religioso, ideologia politico-partidária, todos têm a sua! O que diferencia, é a forma com que cada qual lida com a sua rede.

Algumas pessoas sequer sabem da sua necessidade e muitas vezes, como consequência, encontram dificuldade de ascender profissionalmente e não entendem por que isso ocorre, já que sempre (ou, pelo menos, na maioria das vezes) entregam resultados satisfatórios se considerar os indicadores nas avaliações de performance. No entanto, você já deve ter ouvido falar: “O que não é visto, não é lembrando”, né?! Então, o que falta? Mais marketing! Por ovo de galinha, fazer barulho, cacarejar.

David McClelland em sua Teoria das Necessidades Adquiridas, defende que cada pessoa define o seu grupo de relacionamentos de acordo com o motivo que as conecte com elas, que podem ser de realização, de afiliação e de poder. Assim, uma criança, por mais inocente que possa ser, já tem a sua rede de relacionamentos baseada em seus interesses pessoais, então, por que ao crescer muitos perdem essa capacidade de se conectar com outros indivíduos já que é mais quando precisam? Importante agora, compreendermos cada um desses motivos:

Realização: Pessoas formam uma rede por um propósito de realização pessoal, ou seja, desejam ser reconhecidas pelo trabalho que fazem, querem se sentir importantes, influentes e, portanto, bastante solicitadas, por isso dedicam-se a alcançar metas cada vez mais elevadas e assumem riscos maiores, normalmente preferem as tarefas pelas quais possam ser diretamente responsáveis pelos resultados e procuram se relacionar mais com experts em áreas específicas.

Afiliação: Há aqueles que buscam relacionar-se mais por afiliação, que nos remete a uma ideia de pertencimento, é uma visão mais humana já que valoriza muito os relacionamentos interpessoais, esforça-se para construir amizades e para reatar outras, porventura perdidas, desse modo, valoriza mais as pessoas do que as tarefas em si e não se furta em obter a aprovação dos demais em relação a seus projetos. Nesta situação, a procura se dá por pessoas que tenham idéias e pensamentos semelhantes ou por situações momentâneas.

Poder: Tem ainda, aquelas pessoas, cuja relação se dá pela necessidade de poder, através das quais procura controlar os outros por meio da sua influência, buscam a todo instante assumir posições de liderança, espontaneamente, gostam de provocar impacto em suas declarações ou atitudes, preocupam-se com o seu prestígio e normalmente assumem riscos elevados.

Parece bobagem o que vou afirmar, mas, é necessário, tomando como base os estudos de McClelland, percebemos que assumir uma elevada posição hierárquica ou de liderança depende muito mais do que um conjunto de habilidades e competências pessoais, mas de uma extensa rede de relacionamentos que deve ser alimentada periodicamente de acordo com as suas necessidades, o que já acontece naturalmente, mas que, por não se dar conta, muitas vezes acaba misturando os papeis e consequentemente as suas redes: É quando o indivíduo quer ser promovido na empresa, por exemplo, e procura um colega de trabalho para desabafar sobre o seu conflito conjugal pelo qual atravessa. Se você já fez ou faz isso, sugiro que reveja sua prática e suas redes de relacionamento, pois sinto informar-lhe, mas, se o objetivo é ser promovido, compartilhar coisas pessoas com quem não as compete pode ser um tiro no pé, e o que é pior, é possível que você só de dê conta disso no futuro.

Para finalizar, deixo uma pergunta de reflexão: Você se sente suficientemente preparado para deixar relacionamentos passados a medida em que você evolui? Pode parecer duro e até desumano, porém, isso é natural e necessário que ocorra para evitar que você fique aprisionado em uma fase da vida só para fazer parte de uma rede resistente em crescer.

Se você tiver alguma dúvida ou quiser saber mais sobre esse e outros assuntos e quiser vê-los respondidos por aqui, mande um e-mail para: fale@cibracoaching.com.br.

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