Na dúvida, o que faço?

A tomada de decisão sempre é algo muito complexo do ponto de vista de quem as tem que tomar, pois ela ocorre no caso de uma parte de mim querer uma coisa e outra parte querer outra, nesse momento acontece o que chamamos de diálogo interno (a arte de pensar), só que, quando esse pensamento fica apenas no nível da sua estrutura, o barulho interno se intensifica e muitas vezes, confusos, tomamos uma decisão precipitada pelo simples fato de não termos analisado a questão por todos os ângulos, então, perceba a situação nos casos abaixo:

Diálogo 1:

Nelson, preciso muito da sua ajuda, eu tive meu filho e fiquei um tempo fora do mercado dedicado exclusivamente a ele, até que, finalmente, estou trabalhando já há alguns meses numa distribuidora, onde acabei de ser promovida assumindo uma função gerencial, mas o meu ex-patrão, no caso, de uma empresa de navegação, da qual tenho muito conhecimento por ter trabalhado por anos lá, me chamou de volta com uma proposta de trabalho bastante atrativa, você acha que eu devo aceitar?

Diálogo 2:

Meu amigo, estou numa “sinuca-de-bico”, eu coordeno o setor jurídico de um banco federal, estou muito bem adaptado com as minhas funções, a equipe é bem alinhada, me sinto respeitado no meu trabalho, convivo bem com meus amigos e minha família, que tem o conforto necessário, mas uma proposta pode colocar tudo isso em cheque e mudar a minha vida do avesso, eles querem que eu assuma a gerência jurídica na cidade de Teresina, no Piauí, mas não sei se devo ir, confesso que isso tá roubando a minha paz e me deixando muito ansioso, pois se eu aceitar, terei um desafio monstro sob minha responsabilidade e corro o risco de não ser bem sucedido, se eu recusar, pode ser que nunca mais surja nenhuma possibilidade de ascensão da minha carreira dentro do banco. Cara, o que eu faço?

Diálogo 3:

Nelson, tudo bem? Ainda estou no Distrito Federal, como você sabe, estou de malas prontas para assumir a coordenação geral de uma escola em Miami, pois então, sabe que nesse meio tempo, recebi uma boa proposta de trabalho do Itamaraty, no departamento de atendimento consular, agora estou super indecisa, pois ambas as propostas são muito boas, a tentação é grande e o pior, não disponho de muito tempo para decidir, estou tentando fazer a melhor escolha para não perder nenhuma oportunidade. Será que embarco mesmo para os Estados Unidos ou fico em Brasília? Oh, dúvida cruel!

O que há em comum nos três casos? Todos estão com excelentes possibilidades e precisam tomar uma decisão no menor espaço de tempo possível e lógico, tem que fazer a melhor escolha, por isso, partiram, talvez até inconscientemente para o lado mais cômodo, perguntando para alguém em quem confiam que decisão tomar, o duro, é que esse “alguém”, em todos os casos, era eu! Agora, percebam o risco maior, a consequência disso, se eu disser: – Vai! E não der certo, a culpa vai recair sobre mim, da mesma forma, se eu disser: Fica! Portanto, o melhor a fazer é não opinar, pois essa é uma decisão que cabe somente aos interessados, afinal, que dados eu tenho para decidir o que é melhor para eles? Absolutamente Nenhum!

Então, vai aí uma dica para quem precisa tomar decisões na vida, ou seja, todos, mas tem receio de fazê-lo:

Separe uma folha em branco e trace uma linha ao meio. Na primeira coluna escreva “VANTAGENS”e responda a questão 1 (logo abaixo), na segunda coluna escreva “DESVANTAGENS” e responda a questão 2 (abaixo);

1)   O que você ganha se você aceitar essa proposta?

2)   O que você perde se você aceitar essa proposta?

Depois, repita a operação, sendo que na primeira coluna você entitula “DESVANTAGENS” e responde a questão 3 (abaixo) e na segunda coluna você define como “VANTAGENS” e responde a questão 4.

3)   O que você perde se NÃO aceitar essa proposta?

4)   O que você ganha se NÃO aceitar essa proposta?

tabela

Entenda que não dá para se ter tudo, assim, ao escolhermos uma coisa, sempre vamos abrir mão de outra, o interessante nesse caso, é pesar bem a nossa escolha compreendendo que teremos ganhos e perdas em qualquer decisão que tomarmos, mas o principal, compreendemos que, cabe a cada um particularmente decidir o que é melhor para si e para aqueles que nos amam e nos rodeiam sabendo que a cada escolha há uma renúncia. No mais, desejo ótimas escolhas para você nesta semana!

Se você tiver alguma dúvida ou quiser saber mais sobre esse e outros assuntos e quiser vê-los respondidos por aqui, mande um e-mail para: fale@cibracoaching.com.br.

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