Não confunda: coaching e terapia são práticas bem diferentes

Esta semana veio à tona uma discussão a respeito da prática de coaching e do psicólogo, em virtude da novela global: O outro lado do paraíso, que evidencia uma suposta prática terapêutica utilizando-se recursos de hipnose para tratar um trauma vivido por uma personagem. Isso nos leva a refletir sobre do papel de cada profissional bem como a sua importância para lidar em determinadas situações. Por ser psicólogo clínico por formação e advanced master coach trainer com anos de prática nas duas funções, hoje consigo distinguir claramente uma da outra, mas nem sempre foi assim. Para compreender as principais diferenças entre as duas abordagens, vamos primeiro compreender cada uma:

Coaching, tem o propósito de levar o indivíduo do estado atual para o estado desejado no menor espaço de tempo possível, a atuação deste profissional concentra-se no momento presente com foco no futuro, o coaching acontece na caminhada ao minimizar as possíveis fontes de interferência internas e/ou externas do indivíduo que possam atrapalha-lo ou mesmo impedi-lo de alcançar um objetivo.

No processo de coaching, o profissional não infere ou direciona o cliente para fazer algo, mas, através de perguntas assertivas, ele é capaz de levar o cliente a uma tomada de consciência para que este possa fazer as suas melhores escolhas e responsabilizar-se pelos seus resultados. O coach só apoia o cliente na sua decisão e o estimula a definir metas e entrar em ação gerando um ambiente propício para o aprendizado e melhoria contínuos e, lógico, ele (o coach) deve ser hábil o suficiente para criar indicadores que o possibilitem acompanhar sistematicamente a performance e os resultados do cliente de maneira a saber se este está aproximando-se ou afastando-se dos seus resultados. Mas, em que situações as pessoas devem procurar um coach?

Para melhoria de performance: Quando o foco é no cargo e na atuação efetiva das demandas do cliente, visando uma plena expressão de sua força profissional como seu relacionamento com a equipe e sua produtividade.

Para desenvolver competências e habilidades: Foca em tarefas específicas da rotina do cliente, fortalecendo competências agora para que o mesmo esteja pronto na hora de assumir novas responsabilidades, como fazer uma apresentação ou mediar uma negociação, por exemplo.

Para o crescimento pessoal: Foca no desenvolvimento mais integral do cliente, sua visão de futuro e um olhar estratégico sobre sua carreira e a sua vida como um todo alinhando estratégias com o seu critério de valores para que o mesmo venha a tomar melhores decisões e seja muito mais feliz e próspero.

Terapia, por sua vez, tem o propósito de aliviar as dores físicas e emocionais do indivíduo por meio de várias vertentes que vão desde as abordagens psicológicas, passando pelas terapias holísticas até atingir as físicas e emocionais, frequentemente tem seu foco voltado para questões do passado que prejudicam, de alguma forma, o indivíduo no momento presente.

Neste sentido, transtornos emocionais como ansiedade, depressão ou mesmo patologias clínicas, sobretudo as mais severas, como traumas, delírios, fobias, independentemente de quais sejam, assim como doenças neuropsíquicas como demências e alzheimer são de competência do psiquiatra e do psicólogo, sendo portanto muito sério, uma vez que pode envolver o uso de medicamentos (receitado exclusivamente por um médico psiquiatra) e de acompanhamento psicoterápico, realizado exclusivamente pelo psicólogo.

Importante deixar claro, que a psicoterapia não existe exclusivamente para tratar de doenças ou transtornos, mas pode e deve ser estimulada, a sua prática de maneira preventiva, como uma válvula de escape, uma faxina no cérebro para eliminar possíveis emoções tóxicas que possam vir a lhe atrapalhar no futuro. Assim como a prática de exercícios físicos, é importante para o corpo, a leitura é fundamental para a mente, assim como uma prática espiritual, ligada a algum tipo de religiosidade ou não, são importantes para o espírito, não se pode negligenciar as emoções, pois elas poderão levá-lo a uma estagnação ou ao seu nível potencial máximo.

Espero ter esclarecido um pouco mais acerca das peculiaridades existentes entre as duas práticas: Coaching e terapia, as quais eu amo e vivo plenamente, mas fica a dica: não entregue o seu futuro e a sua vida nas mãos de qualquer aventureiro, procure profissionais com experiência comprovada, com sólida formação e com um histórico de atendimentos, mesmo que supervisionados. Conte conosco! Faça parte da nossa próxima turma de formação em Belém no período de 15 a 18/02/2018, nos vemos por lá!

Gostou do tema? Tem alguma experiência parecida? Compartilhe comigo, terei o maior prazer em conhecer a sua história e quem sabe, contribuir com outras pessoa que têm as mesmas dificuldades, envie suas dúvidas, sugestões, sua opinião para o whatsapp (011) 99546 8145 ou mande um e-mail para: fale@cibracoaching.com.br. Você poderá fazer parte do nossa próxima edição.

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